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  • Jorge Crowe

    m.e.n.a (música electrónica no amplificada) parte de um workshop que resultou na construção de uma obra, através da criação de vários dispositivos eletromecânicos que incorporam elementos sonoros como texturas, materiais e/o objetos acústicos do entorno natural da Fazenda Santa Teresa.

    Estes dispositivos foram conectados a um teclado tipo MIDI, gerando a possibilidade de programar e criar seqüencias de sons explorando a própria natureza dos objetos encontrados e recolhidos na Santa Teresa.

    Esta amplificação conceitual, sonora acústica-eletromecânica visa uma maior integração entre a freqüência da música eletrônica para dançar (EDM) e o entorno natural. Como um jogo, onde o eletromecânico programático (MIDI) produz uma orquestra sonora acústica que atua como a transposição de uma festa de música eletrônica desde interior ao exterior, porém mecânico, acústico e conectado a natureza.

    “Jorge Crowe apresentou-se como um “domador de elétrons” – utilizando a expressão de um amigo. O artista colocava a eletrônica em diálogo com o fazer artesanal na construção de instrumentos que reutilizavam objetos encontrados. Em oficinas com as crianças de São José do Barreiro, produziu brinquedos eletrônicos. Mas, suas composições iam muito além. Eram interfaces para gerar ritmo na alternância da multiplicação de frequências fortes e fracas. A ele interessava o presente, o ao vivo, os tempos e os espaços imprevisíveis. E, aos poucos, Jorge foi construindo a sua paleta sonora conjugando-a em acontecimentos coletivos, no qual o artista gerava um diálogo para depois tensioná-lo. Em pequenas amplificações, música eletrônica levemente amplificada, Jorge espacializou o som. Ocupou o terreiro na frente da casa usando como base a estrutura da Torre Lente de Água (desenvolvida por Ricardo Garlet no primeiro período de residências). Inicialmente, já não havia silêncio e emergia o cricrilar dos grilos. Na composição audiovisual de Jorge, os instrumentos que ele havia construído durante a residência estavam espalhados pelos quatro cantos com leds que dançavam ao ritmo da música. E, havia mais um elemento que tocava: as luzes dos quartos e das salas da frente da casa. Jorge, lembrava-nos o quanto a experiência da residência havia sido vivenciada em torno da casa.m.e.n.a. parte de um workshop que resultou na construção de uma obra, através da criação de vários dispositivos eletromecânicos que incorporam elementos sonoros como texturas, materiais e/o objetos acústicos do entorno natural da Fazenda Santa Teresa”. Ananda Carvalho

     


    jorgecrowe.zip

    Jorge Crowe – Mendoza, Argentina 1976

    Crowe é professor e artista visual, especialista em componentes eletrônicos para aplicações artísticas, criativas e educativas. Desde 2008 dirige o Laboratorio de Juguete, espaço de divulgação e ensino de tecnologias abertas para fins criativos.

    http://laboratoriodejuguete.com